Friday, March 17, 2006

"sozinho... mais uma vez, como em tantas no último mês, estrava sozinho. sentado no sofá, com os olhos fechados e a musica a tocar suavemente na aparelhegem, tentava não pensar em nada. tentava não se lembrar dela, dele, deles. tentou, em vão, esquecer-se daquele dia e daquela carta deixada no seu peito enquanto dormia. tentou apagar da memória aquelas palavras, escritas numa folha branca, com a letra corrida. aquelas letras a preto que contrastavam com o branco imaculado da folha e com... com o vermelho que manchava o papel.
lembrava-se bem daquele pequeno corte que fizera nessa noite, com uma folha de papel, enquanto brincava com palavras.
tentou esquecer-se de como ao acordar, ela não estava lá, e em vez dela uma carta.
tentou remover todas as recordações do seu riso, do seu olhar, do seu geito de falar, da covinha que fazia ao rir e das lágrimas que derramava ao ouvi-lo tocar.
queria não se lembrar, a toda a hora, todo o minuto da sua existência, dela. precisava de continuar, ela tinha-o dito e ele sabia-o.
era tão fácil falar! era tão fácil quando é dito em tom de brincadeira e falado entre juras de amor eterno. foi tão fácil jurá-lo, e agora era tão dificil cumpri-lo.
tinha-o promentido e a sua palavra, a ela, era tudo o que restava. a máquina daqueles momentos eternos, tinha-a levado consigo e fora encontrada dia depois com a sua saia de seda numa qualquer praia.
onde estaria agora? perguntava-se vezes sem conta porque? mas afinal tudo não passava de puro egoísmo: ele, ele, ele, e ela?
a história começara há muito muito tempo, e deveria ter terminado há cerca de um mês, mas não tinha conseguido. precisava de pôr um ponto final na história e encerrar as memórias.
era preciso o impossível. leu a carta uma ultima vez e queimou-a à luz de uma vela.
era ele que tinha a poder da acabar algo à muito inacabado..."
finito

Tuesday, March 14, 2006

"Hoje sonhei. sonhei com um mundo onde não existia tempo e todas as pessoas era felizes. sonhei com um qualquer lugar desprovido de lógica matemática onde um e um não faziam dois, mas sim um só. sonhei com um espaço onde o ao olhar para cima se via o mar e se ia à praia para se mergulhar nas nuvens. sonhei com um planeta onde as pessoas eram eternas.
nesse mundo era invisível, passava ao lado de todas as pessoas, ninguem me via, ouvia ou sentia. ninguém sabia da minha existência. eu estava lá simplesmente para testemunhar as maravilhas daquele mundo mágico. eu era e não era.
um mundo onde o sonho e arealidade crescias de mãos dadas, e onde as lágrimas se transformavam em pequenas pérolas.
durante uma noite mudei-me para esse mundo, onde cheirei todos os profumes, vi todos aqueles de que me significam algo , ouvi todas as musicas, senti todas as texturas e provei todos os sabores.
durante uma noite vivi."

Friday, March 10, 2006





















"será ssim que me vê quem olha lá de cima? "

Wednesday, March 08, 2006

"São os loucos de Lisboa
Que nos fazem recordar
A Terra gira ao contrário
E os rios correm para o mar"

adoro as coisas assim... ao contrário! Quem disse que tudo tinha uma ordem estava a mentir. O meu mundo não tem ordem, não é minimamente arrumado, é meu! Apesar de viver numa prisão de criatividade, com normas e leis, com valores e crenças, o meu mundo, aquele que eu formei em mim é livre, independente, único e meu!
no meu mundo um livro n se lê do início ao fim, mas do fim ao início. no meu mundo o abc é o cba, o meu mundo sou eu. tenho que ser organizada? arrumada? aparentemente... interiormente sou só eu...
posso ser criativa inovadora e estar cheia de ideias, ou posso não ser nada disso, porque afinal ninguém se importa verdadeiramente com isso... por isso criei um mundo meu, onde posso ser o que quiser.

Tuesday, March 07, 2006

"escrevo entre aspas porque me encontro constantemente a plagiar o meu pensamento, partes de mim... tudo o que escrevo não é de alguém sem ser eu, é meu, meu, só meu.
perguntas-me se sou possessiva? a minha resposta é muito.
em relação a quê? a duas coisas.
aos meus pensamentos? sim...
qual era a outra pergunta? também tu tens medo da formular? mas sim... essa é a resposta.
eu sei que não formulaste a pergunta, mas olha pa dentro de ti e vais encontra-la. depois dizes-me se a resposta se adequa. eu sei que sim, porque há coisas que não percisam de palavras...
no final ainda me vais perguntar mais qualquer coisa, para essa questão ainda não te posso dar a resposta, mas prometo que também tu saberás a resposta antes da veres ser pronunciada pelos meus lábios..."

Monday, March 06, 2006



"nem todos os caminhos são certos, alguns têm armadilhas... à que seguir passo a passo, calmamente, rumo a um qualquer futuro desconhecido.

é preciso avançar e deixar aquilo que já passou no seu lugar..."

Sunday, March 05, 2006

uma única lágrima... foi a isto que se resumiu toda uma realidade fantástica, que como apareceu, desapareceu...

Saturday, March 04, 2006

"agarrou-o como se fosse a ultima oportunidade que teria de o fazer. agarrou-o com toda a força física e psicológica que lhe restava. assim que o sentiu na mão olhou e viu aquele objecto misterioso, que tanto desejava, desvanecer-se como areia por entre os seus dedos. estava desfeito, não restva nada. mais uma vez viu tudo desvanecer-se entre os seus dedos, viu a sua realidade ruir, pedra por pedra."

Friday, March 03, 2006


Há imagens que ficam, simplesmente, perdidas no tempo.
Momentos captados por uma qualquer máquina, por um olhar, meros instantes captados com a mesma rapidez com que se desvanecem...
Estes momentos são aqueles que realmente contam: não é o dia perfeito que fica na nossa memória, mas o simples gesto, palavra ou emoção. O rebentar duma onda, o levantar de uma borboleta, o riso de uma criança, o olhar de um amante, são estes os momentos que fazem uma vida ser cheia, ser completa.
São os momentos que nos fazem rir ou chorar, que nos fazem sentir , são eles que nos fazem viver.
Uma vida pode ter vários anos, mas na realidade quantos momentos verdadeiros teve?
Momentos é o que todos tentamos captar na nossa memória, na nossa máquina fotográfica, na nossa vida... Captamos várias coisas, vivemos e revivemos várias ocasiões mas, para mim, momentos, são aquelas imagens que ficam captadas numa qualquer película a preto e branco, perdidas no tempo, gravadas na memória, e cujua lembraça nos faz viver sentimentos realmente importantes...
Como podemos medir a vida? que tal em momentos..