Monday, February 27, 2006

um apelo desesperaado pelo carnaval

pois é mais um carnaval... 28 de Fevereiro... o dia de amanha... mais uma ramboiada de mascaras, uma malukeira de pensamentos, um rodopio de vida e um dia de festa!
kem não gota do carnaval? muita gente... é uma pena... o carnaval é dar vida à criança que vive dentro de nós.. por exemplo a minha n se mostra só no carnaval, mas aquelas pessoas reservadas e k mantêm sempre um perfil adulto têm, nesta época do ano, uma boa oportunidade de se libertarem e aproveitarem a vida.
O carnaval n é so balões de água e partidas, é todo um espirito de passarmos por alguem que não somos, de sermos crianças mais uma vez, de vivermos mais um pouco...
podem n partilhar da minha opinião, obvio e nem por nada censurável, mas sejam sinceros... não vos dá uma vontade de sair à rua e mascararem-se, de rirem até não poder mais, de cantar feitos loucos e dançar no meio da rua? não vos dá uma vontade de passarem por malucos sem se importarem minimamente, porque afinal estão mascarados e não são vcs mm? não vos da uma vontade de conhecer a verdadeira criança que está dentro dos outros?
vá lá.... acordem essa criança adormecida e gozem o dia de amanah como se não houvesse mais nenuma igual oportunidade! divirtam-se, riam, chorem, cantem e mascarem-se!!!

Wednesday, February 22, 2006

"o dia tinha-lhe corrido mal. Mal era um eufemismo que utilizava frequentemente para descrever aquele tipo de dias, em que um simples som despertava nele o desejo mórbido de acabar com uma vida.
Esse, tinha sido um desses dias. Aquela voz ... fina, irritante, histérica, perturbadora... cada palavra por ela pronunciada parecia que lhe furava lentamente a cabeça, de lado a lado, num ritual para ela delirante...
Isso irritava-o, perturbava-o, levava-o à loucura. O desejo de acabar com aquela voz que lhe entrava na cabeça começava a entrar nele, primeiro como um pequeno formigueiro na ponta dos dedos, depois como uma chama que acendia um rastilho, e em pouco tempo, todo ele ardia de desejo de silênciar aquela voz...
O desejo consumia-o.. aquela voz, aquela voz... ela falava-lhe ao ouvido, umas vezes alto, outras baixo, irritava-o, descontrolava-o, fazia-o perder os sentidos. Já não tinha noção do que era real e do que era sonho, já não sabia se imaginava aquela voz em todo o lado ou se era ela que o perseguia... aquela voz, cada vez mais alta, cada vez mais fina, cada vez mais irritante!
Sentia que não aguentava mais, que tinha de a silênciar, olhava para os lados para ver de onde vinha, mas ela escondia-se sempre... O portador daquela voz escondia-se dele, numa brincadeira de crianças... "onde estás?" perguntava vezes sem conta "aqui" respondia-lhe a voz...
Estava a enlouquecer, ninguém acreditava nele e na realidade daquela voz, todos lhe diziam que era cansaço. Não era! sabia-o, sabia-o desde que se lembrava de existir... lembrava-se daquela voz em criança, já tinha sonhado com aquela voz em jovem, e agora aquela voz perseguia-o em adulto...
Normalmente ela acalmava ao fim de umas horas, mas nesse dia o fim não chegava, os ponteiros do relógio não se mexiam, e ele enlouquecia...
enlouquecia lentamente, ao som daquela voz que um dia o levaria a acabar com uma vida... com a vida de alguém...
Não sabia quando, quem ou porque, mas sabia, e sentia que um dia aquela voz seria silênciada.."

Friday, February 17, 2006

" já era tarde quando chegou a casa, despiu o casaco e descaçou-se mesmo à entrada. estava cansado, o dia tinha sido exaustivo e repleto de emoções boas e más.
Dirigiu-se à casa de banho e ligou a torneira quente da banheira. Ficou paralisado enquanto via a água correr e enchar lentamente a banheira, não mexeu um múculo, até que o preciso processo terminasse. Desligou a torneira, despiu-se, e meteu-se na água quante, sentindo-a queimar lentamente, dorolosamente, agradavelmente, a sua pele....
Começou a fazer um balanço do dia: o resultado era nulo. O dia teria sido bom, se não fosse ele... tudo tinha estado perfeito, nos sítios certos e à hora certa, as coisas tinham corrido bem e tinha acabado a tarde em pleno numa qualquer praia a ver o por do sol ao lado da pessoa que amava.
só uma coisa não enquadrava com a harmonia daquele dia, especialmente daquela tarde: ele.
Às vezes a desolaçãao não aprece nos momentos maus, mas sim nos bons... fora isso que acontecera. ele estava lá, fisicamente, mas a sua mente divagava e questionava tudo, todos os gestos, todos os geitos, todas as palavras, carícias e beijos. Algo que normalmente consideraria perfeito, aparecera para ele naquela tarde coberto por uma nebelina, por uma bruma de desolação e peso de consciência. Não se tinha conseguido distanciar desses pensamentos, não tinha conseguido dissolve-los. Estava, agora, deitado, com a água quente a queimar-lhe o corpo e, sentia-se feliz e triste. Pensava nela e o seu mundo iluminava-se, pensava nele e esse mesmo mundo desmoronava-se... estava confuso, ele, era ele próprio que não estava bem, era ele próprio que não devia existir naquela história, era ele próprio que deveria desaparecer, era o seu nome que deveria ser apagado com um sopro de renovação.
Fechou os olhos e deixou a cabeça escorregar também para dentro de água. Esperava que a água limpasse a sua alma, levasse a bruma que o atormentav e deixa-se mais lípidos e puros todos os seus pensamentos....
Sabia que não era na água ou num qualquer deus imaginário que estaria a solução, mas sim nele, era dentro dele próprio que a encontraria, um dia, não naquele...

Saturday, February 04, 2006

"sinto o bater do coração ao ritmo do samba, sinto o sangue correr ao ritmo da musica, sinto os pés mexerem-se ao ritmo do baixo, sinto a cintura baloiçar ao ritmo do vento... sinto a chuvar cair ao ritmo do verão, os braços no ar num desenfreado refrão, sinto a vida correr como um rio aos saltos, sinto o ritmo da vida no meu coração"

Thursday, February 02, 2006

"os céus abriram-se, e os anjos choraram, lágrimas de neve..."