Saturday, May 20, 2006

"quando escrevo não sou eu que escrevo. escrevo sem pensar em quê. é um simples fuir de palavras que saiem sem nexo, sentido, ordem ou criatividade. escrevo porque sim. escrevo porque "o outro de mim que escreve" quer ser livre. por isso escrevo. não me reconheço no que faço, mas faço-o. sinto que há algo em mim, que não eu, que escreve. ou serei eu que escrevo? estou confusa porque escrevo, mas não sou eu que escrevo, mas sim o outro de mim que escreve. sou dois. um. não sei.
escrevo, porque os pensamentos que não penso são os mais iomportantes de ficarem registados. por isso escrevo"

"procurei em ti um gesto, uma palavra, uma expressão ou olhar, que me completasse, que me fizesse sentir de novo interira, mas em vão.

olhei-te como quem não queria mais nada do que o puro sentimento de um suspiro, de uma caricia, de um beijo, mas não desviaste o teu olhar.

procurei a tua mão como tantas outras vezes havia feito, mas encontrei-a gélida, desumana, áspera ao meu toque.
pensava que o amor era eterno; estava errado"

Sunday, May 07, 2006

"era uma vez um ser incapaz de amar, outro ser incapaz de viver sem amor, e esta história que os uniu.

Porque um coração não tem de ser de uma só cor, de uma forma definida ou de uma só maneira.
Porque um coração é muito mais...
É uma parte de um ser abstractamente concreta, irregularmente definida e globalmente única.
É abstracto o seu conceito, tão bem definido anatómicamente, mas sentimental e racionalmente abstracto.
É de uma forma não concreta porque eu posso desenha-lo.
É unico porque é meu, teu, nosso.
É de muitas e variadas cores, porque assim um dia o imaginei.


E os seres tão diferentes entre si, na realidade não eram opostos, mas as duas partes de um ser único, incompletos e imperfeitos sozinhos."